Mobilização de solo por um escarificador


O escarificador é um equipamento utilizado para o preparo do solo, cuja função é desagregar as camadas compactadas do solo e, além disso, Ortiz-Canãvate (2012) afirma que este proporciona uma maior velocidade de deslocamento em relação ao arado convencional. De acordo com Machado et al. (2005) este implemento mobiliza o solo sem revolvê-lo mantendo uma maior quantidade de palha na superfície, reduzindo o risco de erosão. Essa elevação da velocidade de deslocamento, segundo Ortiz-Cañavate (2012), é devido ao fato de que o escarificador consome menos força de tração (FT), demandando de 40 a 50 % menos FT para uma mesma largura de trabalho e 30 a 40 % menos FT para um mesmo volume de solo mobilizado em relação a um arado e, em comparação a este implemento, para um trator de mesma potência, pode duplicar a capacidade de trabalho.

Spoor e Godwin (1977) afirmam que a mobilização do solo é dependente da profundidade de trabalho do implemento, das características físicas do solo, da densidade, umidade, do comprimento e da largura da haste. A profundidade de trabalho do implemento, pode ser considerado como um fator de classificação de uma operação de escarificação. Segundo Machado et al. (2005), a operação de 0,05 a 0,15m de profundidade é denominada escarificação superficial e de 0,15 a 0,30m, escarificação profunda.

Embora a operação de escarificação seja uma prática utilizada por alguns produtores, ainda existem poucas informações que abordam a qualidade da operação sobre o ponto de vista conservacionista. Sendo assim, este trabalho foi realizado visando práticas mitigadoras do impacto ambiental, onde o foco é obter uma maior descompactação do solo e ao mesmo tempo manter uma maior quantidade de palha na superfície.

O objetivo desse trabalho foi avaliar o desempenho de um escarificador em três velocidades de deslocamento: 2,93; 5,87 e 8,84 km/h e a influência causada nas variáveis de solo, área de elevação, área mobilizada e empolamento do solo.

Referências
ORTIZ-CANÃVATE, J.. Las maquinas agrícolas y su aplicación. 6 ed. Madrid, Mundi-Prensa, 2012. 545p.
MACHADO, A. L. T.; REIS, Â. V. dos; MORAES, M. L. B. de; ALONÇO, A. dos S. Máquinas para preparo do solo, semeadura, adubação e tratamentos culturais. Pelotas: Editora Universitária UFPel, 2005.
SPOOR, G.; GODWIN, R. J.. An experimental investigation into the deep loosening of soil by rigid tines. Journal of Agricultural Engineering Research, v. 26, p. 477-497. 1977.

Autores: Wagner da Silva, Mateus Bellé, Tiago Francetto, Dauto Carpes, Fernando Rossato, Cristian Franck, Airton Alonço


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Sobre Francetto

É Eng. Agrícola e mestre em Eng. Agrícola. Atualmente é doutorando em Eng. Agrícola do Programa de Pós-Graduação em Eng. Agrícola da Universidade Federal de Santa Maria e membro do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas.
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1 comentários:

  1. Sou agricutor. Quero parabeniza-los pela grande importáncia do valoroso trabalho de voces.Comprei um microtrator tobata e nao sabia as reais funçoes do implementos. Agora eu sei. Obg.

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