Industrialiação do café


            Segundo Associação Brasileira de indústria de café (ABIC) (2008), a palavra "café" vem do árabe Kahoua ou Qahwa (o excitante) e designa: o fruto do cafeeiro; bebida preparada por infusão de água quente com café torrado e moído.
            A planta do café foi originalmente classificada como pertencente à família dos evônimos (do latim evonymos), arbusto com propriedades medicinais, também cultivado como ornamental. Em seguida mereceu a classificação de jasmim (do árabe yasmin), designação das várias espécies do gênero Jasminum arabicum, da família das oleáceas. Mas entrou definitivamente nos compêndios de botânica pelas mãos do naturalista Lineus, no seu Systema Naturae, publicado em 1735 (MARTINS, 2008).
            O fruto origina-se de um arbusto da família das rubiaceae, que se desenvolve em regiões tropicais ou subtropicais, e está presente na natureza em mais de sessenta espécies, tendo sido batizado com o nome genérico de Coffea pelo naturalista Antoine-Laurent Jussieu. Produz flores com aroma de jasmim e frutos conhecidos como cerejas. Dentro de cada cereja, protegidos por dois invólucros – uma polpa e um pergaminho –, estão dois grão de café. Os pés de café atingem de 2 a 2,5 metros, podendo chegar a 10 metros de altura (MARTINS, 2008).

            Existem pelo menos 25 espécies importantes, originárias da África e de algumas ilhas do oceano Índico. Para consumo comercial, há duas espécies importantes: a Coffea arabica, que fornece o café arábica, de gosto suave, aromático, redondo e achocolatado, o único que pode ser vendido puro, sem nenhum blend; e a Coffea canephora, variedade robusta, que produz o café conillon, mais resistente às pragas e às intempéries, mas não oferece bebida tão qualificada, possuindo sabor adstringente e mais amargo (MARTINS, 2008).
            Originário da Etiópia, onde já era utilizado em tempos remotos, o café atravessou o Mediterrâneo e chegou à Europa durante a segunda metade do século XVII. Era a época do Barroco, das monarquias absolutas e a expansão do comércio internacional enriquecia a burguesia (ANDRADE E JAFELICE, 2005).
            Em 1727 que o tenente Francisco de Mello Palheta, vindo da Guiana Francesa trouxe as primeiras mudas da rubiácea para o Brasil. Tinha início, assim, um novo ciclo econômico na história do país. (ANDRADE E JAFELICE, 2005).
            O Brasil é o maior produtor mundial de café. Desde sua chegada ao país, em 1727, o café foi o maior gerador de riquezas e o produto mais importante da história nacional. Hoje, o café continua sendo um importante gerador de divisas (US$ 2 bilhões anuais, ou 26 milhões de sacas exportadas ao ano), contribuindo com mais de 2% do valor total das exportações brasileiras, e respondendo por mais de um terço da produção mundial (CAMPOS, 2005).
            O objetivo desse trabalho é caracterizar o café, relatando a caracterização da planta e do grão, sua composição química, cadeia produtiva, principais produtos, operações unitárias e equipamentos e controle de qualidade. 

Autores: Tiago Rodrigo Francetto, Ravel Feron Dagios e Marco Lopez.
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Sobre Francetto

É Eng. Agrícola e mestre em Eng. Agrícola. Atualmente é doutorando em Eng. Agrícola do Programa de Pós-Graduação em Eng. Agrícola da Universidade Federal de Santa Maria e membro do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas.
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