Cenoura sob saturação temporal do solo






É comum, no Nordeste brasileiro, o cultivo de espécies olerícolas em solos aluviais, sendo estas áreas potenciais a acumulação de propensão das plantas ao enxarcamento. Havendo, assim, grande redução do rendimento, tendo em vista que essas culturas têm alto valor econômico. No Brasil, em 2002, o valor de produção das hortaliças atingiu cerca de 2,5 bilhões de dólares, com um volume de 15 milhões de toneladas de alimento, em área de pouco mais de 807 mil hectares (EMBRAPA, 2004).

Dentre estas, pode-se destacar a cenoura, planta da família Apiaceae, do grupo das raízes tuberosas, com alto potencial produtivo para o Brasil, superando as 800 mil toneladas de raízes. No Nordeste, contudo, a maioria das áreas cultivadas estão sujeitas ao encharcamento, haja vista que estão localizadas em terrenos aluviais, limitando a produção da maioria das cultivares plantadas. Uma alternativa é o uso de sistemas de drenagem superficial e/ou subterrâneo e o uso de variedades tolerantes ao estresse. Contudo, mesmo para o dimensionamento é necessário conhecer as implicações no crescimento e capacidade de tolerância destas plantas sob saturação hídrica do solo.



Objetivando-se avaliar o crescimento da cenoura, cultivar Brasília, sob saturação temporal do solo, desenvolveu-se um experimento em blocos casualizados com esquema fatorial, consistindo de dezesseis tratamentos fruto da combinação de quatro tempos de encharcamento (12, 24, 36 e 48 horas) e quatro tipos de encharcamento (simples, duplo, triplo, quádruplo), os quais foram comparados com um tratamento adicional testemunha (sem encharcamento). Avaliaram-se variáveis de produção e formação de matéria seca, realizando-se teste F e teste de média Tukey até 5% de probabilidade. A saturação temporal do solo afetou, principalmente, a produção de cenoura e a formação de matéria seca, notando-se maior gravidade nos estresses triplo e quádruplos. As plantas não devem ser submetidas a um período maior que 12 horas sob encharcamento.

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Sobre Luanna Amado

É Eng. Agrícola e mestre em Eng. Agrícola. Atualmente é doutorando em Eng. Agrícola do Programa de Pós-Graduação em Eng. Agrícola da Universidade Federal de Santa Maria e membro do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas.
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