Avaliação da secagem de milho


A secagem natural de milho ainda é bastante empregada nas pequenas propriedades, contudo o grão fica suscetível às pragas e às condições climáticas adversas. A secagem artificial, quando bem conduzida, visa minimizar tais perdas. Este trabalho objetivou avaliar a secagem de milho em secadores de leito fixo em 10 propriedades familiares de Candelária/RS.

Aplicou-se um questionário para verificar o processo de produção até o armazenamento do milho. Foi realizada a caracterização dos equipamentos e acompanhadas as secagens, coletando-se dados sobre o grau de umidade dos grãos, temperatura e fluxo de ar. Analisaram-se os danos mecânicos nos grãos.

Os resultados demonstraram grande variação nas características construtivas dos secadores e no processo de secagem de cada propriedade. O grau de umidade final variou de 10,8 a 17,2%, a temperatura do ar de secagem de 42 a 94°C e o fluxo de ar médio de 2,46 a 15,68 m³.min-¹.m-². Verificaram-se maiores índices de danos mecânicos nos grãos secos em temperaturas mais altas e em menores fluxos de ar.

Conclui-se que é necessário um correto dimensionamento dos secadores estacionários, principalmente dos ventiladores, e um maior controle da secagem, tornando-se imprescindível uma capacitação técnica dos agricultores, no intuito de obterem um produto de maior qualidade.


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Sobre Francetto

É Eng. Agrícola e mestre em Eng. Agrícola. Atualmente é doutorando em Eng. Agrícola do Programa de Pós-Graduação em Eng. Agrícola da Universidade Federal de Santa Maria e membro do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas.
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