Desempenho de diferentes tipos de disco de corte



O emprego do plantio direto apresenta vários benefícios ao solo e aos produtores, como por exemplo, a diminuição da erosão do solo, possível redução no consumo de combustível das máquinas agrícolas e o aumento da capacidade de retenção de água no solo. Entretanto, dificuldades na operacionalidade do método fazem-se presente nos sistemas de produção agrícola, sendo possível atribuí-los a fatores referentes ao solo e ao tipo e quantidade de cobertura vegetal existente.

Esta técnica só foi difundida e possibilitada através da geração e aprimoramento de tecnologias que garantiram o desenvolvimento das semeadoras-adubadoras hábeis a exercer sua função, de modo a garantir um estabelecimento adequado das culturas com o mínimo revolvimento do solo. Os aspectos mais relevantes estão relacionados ao corte eficiente dos resíduos culturais, abertura do sulco e a colocação de sementes e fertilizante.

Para o primeiro, diferentes mecanismos foram desenvolvidos, dentre eles o disco liso, estriado e ondulado. Portela (2001) afirma que os de formato liso, devidamente afiados, requerem menor peso da semeadora e pressão nas molas para penetrarem no solo e realizarem de forma mais eficiente o corte da cobertura vegetal. Além disso, Santos (2009) constatou um menor requerimento de força de tração em comparação aos demais. Siqueira e Casão Júnior (2004) comentam que discos estriados, devido às ranhuras, apresentam uma maior aderência de solo comparando com os discos lisos, e, por possuir uma maior superfície de contato, necessitam de uma maior pressão nas molas para penetração no solo. Outra desvantagem é a maior mobilização de solo, ocasionando a abertura de sulcos de maior largura que, segundo Cunha et al. (2010), aumenta a possibilidade de ocorrência de plantas invasoras e conseqüentemente uma maior competição com a cultura a ser estabelecida. Silva (2007) afirmou que discos ondulados requerem maior força de tração e proporcionam uma maior mobilização do solo em comparação aos demais.

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Sobre Francetto

É Eng. Agrícola e mestre em Eng. Agrícola. Atualmente é doutorando em Eng. Agrícola do Programa de Pós-Graduação em Eng. Agrícola da Universidade Federal de Santa Maria e membro do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas.
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