Fatores de erro das máquinas no sistema de AP



A Agricultura de Precisão (AP) vem sendo a mais nova mudança incrementada no sistema de plantio direto na palha no Brasil, com potencial de expansão e ainda de evolução em equipamentos. Em AP, busca-se o maior nível de exatidão nas intervenções no campo, permitindo o controle espacial dos insumos.

Segundo Fulton et al (2003) as limitações e o nível de erro da tecnologia de dose variável são geralmente desconhecidos. Shearer et al (2002) afirmam que alguns dos componentes do sistema podem ser responsáveis por erros e os produtores podem não estar habilitados a reconhecer essas limitações ou mesmo a calibrarem seus equipamentos adequadamente. Assim, há o risco de abandono da AP, pois o baixo nível de exatidão não permitirá o aumento de produtividade previsto pelo produtor. Não existem informações claras sobre o nível de exatidão das máquinas para taxa variável, apesar de inúmeras destas máquinas estarem no campo.

Em relação a uma semeadora à taxa variável, esta deve ser capaz de variar a dosagem de sementes, sendo que a exatidão pode ser comprometida pelo dosador ou ainda pelo controlador eletrônico, que tem a função de variar a dose de sementes. Esse sistema de controle apresenta atrasos na passagem de zonas de prescrição de insumos, sendo este comportamento denominado de tempo de resposta do sistema. Não há trabalhos que quantifiquem este tempo para doses de sementes, mas existem dados que explicitam atraso de 16,8s para a mudança de doses de calcário (Cerri, 2001) e de 6s para doses de fertilizantes (Molin et al, 2002). Isto pode ser traduzido em longas distâncias aplicando doses diferentes daquela recomendada para o ponto do talhão em questão.

Com esta pesquisa destacou-se a importância do fator máquina para a exatidão da AP, levando em conta que a este fator são inerentes alguns erros que devem ser quantificados e manejados adequadamente para que de fato se designe o sistema como preciso.

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Sobre Francetto

É Eng. Agrícola e mestre em Eng. Agrícola. Atualmente é doutorando em Eng. Agrícola do Programa de Pós-Graduação em Eng. Agrícola da Universidade Federal de Santa Maria e membro do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas.
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